In: "Revista da Armada" nº 456 ano XLI. Setembro/Outubro de 2011, página 28.
Conforme notícia vinda na “Revista da Armada” (nº 456, ano XLI. Setembro/Outubro de 2011), celebrou-se a bordo da Fragata D. Fernando II e Glória no passado dia 29 de Maio uma missa de sufrágio para assinalar o terceiro ano do falecimento do Almirante António Andrade e Silva.
Devido ao prestígio granjeado por aquele Almirante pela iniciativa que liderou na reconstrução da Fragata D. Fernando II e Glória, esta cerimónia reveste-se de extrema justeza tendo em conta a sua contribuição para a preservação daquela que foi a “última nau da carreira das Índias”, onde nós ex-alunos tivemos o privilégio de fazer dela “o nosso refúgio” até ao dia do incêndio que a consumiu em 03 de Abril de 1963, tornando-nos “seus órfãos”.
Esta cerimónia, pela importância de que se revestia, penso que a ausência dos ex-alunos da Fragata D. Fernando II e Glória foi uma ausência no mínimo “insólita”, uma vez que estes estão intimamente ligados à sua história e dela não devem ser separados por uma questão de afectividade e de rigor histórico.
Para além das individualidades presentes e dos familiares do Almirante Andrade e Silva, é de reconhecer que, se os ex-alunos daquela instituição (actualmente organizados numa Associação) tivessem sido convidados para estarem presentes, decerto que a sua representação contribuiria par dar à cerimónia (para além da importância e da solenidade de que a mesma se revestiu) um maior significado um pouco mais abrangente, mais que não fosse que a sua presença fosse uma forma de agradecimento por aquele oficial ter contribuído para manter bem viva a “velha Nau” agora renascida das cinzas, o que tem contribuído para solidificar a nossa solidariedade ainda hoje presente, com a realização anual dos Encontros Nacionais dos Antigos Alunos da Fragata D. Fernando II e Glória.
Aqui fica o apelo a quem de direito. Sempre que se realizem cerimónias oficiais a bordo da Fragata D. Fernando II e Glória e que as mesmas se relacionem com a história daquela “Velha Nau”, nós ex-alunos ficar-vos-íamos imensamente agradecidos (não sendo nenhuma obrigação, claro) que se lembrassem de nós, dado que hoje e apesar da nossa “longa juventude”, ainda nos sentimos intimamente gratos por estarmos ligados à sua história, pois foi através dela que adquirimos as “ferramentas” com que construímos o nosso futuro e nos fizemos os homens que somos.
Carlos Vardasca
(Braz, ex-aluno nº 14 – 1963-1968)
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