sábado, 8 de dezembro de 2012

Lembram-se do "Chiramaneco"?

 Joaquim Alves Rodrigues aos 12 anos de idade.
 
 Aos 12 anos ingressei na Fragata D. Fernando II e Glória e fui aluno da Fragata, desde Outubro de 1952 a Março de 1956. O meu primeiro número foi o 170, depois mudei de número que agora não recordo, estava dentro dos  primeiros 20.
A minha alcunha na Fragata era o “Chiramaneco”.
Aos 16 anos ingressei na Armada, fui radarista e quando saí com 40 anos de idade, tinha o posto de cabo. Fiz duas comissões a África, S. Tomé e Príncipe e em Angola.
Com a Marinha tive o privilégio de conhecer vários países, outros povos e outras culturas.
Aos 40 anos de idade passei à reserva e aos 41, no regresso às origens, fui director desportivo do clube da terra vários anos, e por fim dediquei-me à vida autárquica durante 19 anos como executivo da Junta local (Lanhelas-Caminha) onde fui secretário da Junta de Lanhelas, e mais tarde Presidente da mesma Junta. No total servi a autarquia de Lanhelas durante 19 anos.
Desportivamente pratico ainda hoje ciclismo, tendo no ano de 2010 percorrido 10.500 Km.
O meu passado escolar foi igual ao de muitos jovens do meu tempo a quarta classe, aos 68 anos de idade e graças ao programa novas oportunidades concluí o ensino obrigatório, 12º ano.
Hoje com perto dos 73 anos, faço uma vida normalíssima e ainda pratico cicloturismo.
Gosto ainda de fazer poemas, sou casado há 49 anos.
Desportivamente; pratiquei natação, futebol (joguei no FC do Porto e S Tomé) tendo sido campeão de reservas naquela antiga colónia, fiz atletismo (não competição) na natação, para além de fazer percursos grandes, gostava muito de mergulhar.
O meu recorde em profundidade foi sete metros sem garrafa, aconteceu na Ilha do Príncipe (S. Tomé) marcado pela sonda da L/F Altair onde estava embarcado.
Como ciclista e já com 64 anos de idade iniciei a ligação entre a fronteira de S. Gregório e Vila Real de Santo António, era um sonho muito antigo que gostaria de realizar, todavia tal não chegou a concretizar-se devido a um acidente na Zona da Expo em Lisboa, fui abalroado pela retaguarda por um automóvel, este sonho terminou no início da minha quinta etapa que me levaria a Setúbal.
Para mais informação visitem a minha página do facebook (Joaquim Seixas).
A todos os fragatas um Bom Natal e muita saúde, espero estar presente na comemoração dos 50 anos do incêndio da nossa casa.
Passem bem, abraço

Joaquim Alves Rodrigues
(“Chiramaneco”)
Ex-Aluno nº 170, 1952-1956

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Finalmente encontrámos o "Russo", que já faz parte da "nossa tripulação"

 
 
 
Fotos do ex-aluno nº 103 (1962-1969) José Henrique Alves Moreira ("Russo")
 
"O que é prometido é devido". Acabei há pouco de falar com o "Russo" através do SKYPE. Este nosso amigo vive em Londres, para onde foi viver e trabalhar depois de ter regressado da Guerra Colonial em Angola. Estabelecemos uma conversa bastante agradável, onde recordámos muitos dos ex-alunos que connosco conviveram.
Disse estar bem de saúde embora tivesse anteriormente alguns problemas, mas que felizmente já diz ter ultrapassado, e que esteve em Portugal em Abril de 2011.
Perguntei-lhe se este ano vinha cá novamente, ao que respondeu que possivelmente virá, tendo eu adiantado que seria interessante ele vir, já que para o ano de 2013 se comemora o 50º Aniversário do  Incêndio da Fragata D. Fernando II e Glória.
Vamos decerto ter muitas oportunidades de falar com este nosso amigo, deixando aqui o seu contacto de correio electrónico na eventualidade de alguém o querer contactar: safarujo2000@yahoo.co.uk
Depois de uma conversa animada, despedimo-nos, enviando ele um abraço para todos os ex-alunos. Com a chegada do "Russo", a "nossa tripulação" continua a crescer.
 
Carlos Vardasca
(Braz) ex-aluno nº 14


quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Mais um encontro no "CID"

 Na foto estão o Artur ("Cão vadio"), Braz, João ("Saloio") e José Alves ("Gorila").
Restaurante o "CID". Lisboa 30 de Novembro de 2012
 
 Lá nos encontrámos de novo no  restaurante o "CID" no passado dia 30 de Novembro, numa rotina em que já nos vamos empenhando já há algum tempo. Desta vez estivemos muito desfalcados em presenças. O Augusto Gomes ("Torta") devido a um jeito que deu nas suas lides domésticas, o Joaquim ("Anão") por estar um pouco adoentado, o João Coelho e o Joel que por vezes lá vão desertando para outras paragens desta vez não marcaram presença.
Embora não houvessem certezas da sua presença, aguardávamos também a presença do Manuel Barrocas ("Pachachinha") que se tinha deslocado da sua terra cá para as bandas de Lisboa e que prometeu estar presente mas que, devido ao mau tempo e à sua "juventude um pouco avançada", possivelmente não lhe permitiu fazer-nos aquela visita por ele há muito desejada. Fica para a próxima.
Quero informar-vos também de que finalmente encontrámos mais um ex-Fragata que tinha "andado perdido" por terras de Inglaterra. Trata-se do José Moreira, mais conhecido pelo "Russo". Encontrámos aliás, ele é que entrou em contacto comigo por e-mail, e em breve irei falar com ele via SKYPE, para saber mais pormenores sobre por onde tem andado. Assim que souber mais informações informarei todos vós. Ele já me enviou algumas fotos suas, as quais irei editá-las amanhã para ver se ainda se lembram dele.
 
Carlos Vardasca
(Braz, ex-aluno nº 14)


sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Notícias do Manuel Barrocas ("Pachachinha")


O Manuel Barrocas (em primeiro plano e de panamá a bordo da Fragata) no IV Encontro Nacional dos Antigos Alunos da Fragata D. Fernando II e Glória
Manuel João Carvalho Barrocas ("Pachachinha") ex-aluno nº 159 de 1955-1957
 
Como vão os meus amigos e as vossas famílias? Eu vou um pouco atrapalhado com a saúde. em Agosto pesava 90 quilos, hoje peso 75 e continuo a perder peso. Vou fazer uns exames para ver o que se passa. Tive o meu computador avariado durante quase um mês e se está a funcionar  posso agradecer a um amigo da Força Aerea (filho do meu amigo que foi carpinteiro na Lisnave e que tem lá o mocho feito com madeira da Fragata) Levou-o lá para a Base e arranjou-o. A Associação de Solidariedade a que pertenço como diretor secretário foi assaltada roubaram um plasma e 140 euros rebentaram duas portas, comeram muitas bananas na cozinha e deram cabo da documentação que estava no escritório.
Não sei onde é que isto vai parar. Ontem foi o café cá da terra que recebeu a visita dos amigos do alheio. Forças policiais por aqui ...não aparecem.A minha aldeia está a ficar sem gente. Entre a semana passada e esta morreram 4 pessoas todas idosas, os jovens vão para fora. quando eu era miúdo a minha rua tinha cerca de 65 pessoas entre novos e velhos hoje tem 12 e quase todos velhos. Há muito trabalho de solidariedade para fazer nestas terras.O nosso telefone de noite fica no nosso quarto porque temos vários idosos que têm o nosso n.º e de noite se lhe acontecer alguma coisa ligam-nos e nós tomamos as devidas previdências.
Também tenho a internet ligada porque ao domingo vem cá a nossa casa uma velhota para falar com o filho que está nos states e outro está na frança. Outro liga-me do Rio de Janeiro Já cá não vem há muitos anos e sou eu que lhe dou notícias da nossa terra. Queríamos transformar a nossa Associação (centro de dia) num lar embora ela se situe noutra terra em Sta Cruz abrange uma série de terras à sua volta mas a Segurança Social e a Câmara cortaram tudo.Há aqui GENTE GRAUDA mas estão bem na vida e o resto não é com eles. temos de ser nós pequeninos a olharmos uns pelos outros.
Para o mês que vem lá irei até ao Monte de Caparica pode ser que nos possamos encontrar no CID.
Amigos um abraço com votos de muita saúde.

Manuel João Carvalho Barrocas
("Pachachinha")
ex-aluno nº 159
1955-1957
Quinta-feira, 22 de Novembro de 2012

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Fotos com história para recordar

A Fanfarra numa procissão em Setúbal, vendo-se em primeiro plano o Cabo Borracha
Alunos da Fragata D. Fernando II e Glória a bordo de uma vedeta da Marinha de Guerra
A fanfarra da Fragata posa para a fotografia numa das suas várias saídas
Durante o pequeno almoço a bordo da Fragata D. Fernando II e Glória antes do incêndio
Na foto estão o Cabo Paredes, "Cara D' Homem" e o "Sapateiro", que espreitam à entrada do portaló da Fragata D. Fernando II e Glória


sexta-feira, 3 de agosto de 2012

O nosso V Encontro Nacional na Revista da Armada

Revista da Armada nº 466. ano XLII de Agosto de 2012
(Clicar em cima do documento para o ampliar)

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Resposta do Comandante da Fragata à carta que lhe foi enviada

O Comandante Rocha e Abreu (de boina preta) junto da actual tripulação da Fragata D. Fernando II e Glória

Caro amigo Carlos Vardasca:
O que me propõe tem "pernas para andar" e tenho a certeza que a Marinha irá organizar uma cerimónia para lembrar a efeméride. Caso isso aconteça, como julgo que acontecerá, certamente que haverá oportunidade para algum dos antigos alunos se expressar em nome dos que neste histórico navio receberam a sua Formação para a vida.
Vamos trabalhar nisso com vontade de fazer uma cerimónia que nos dignifique a todos. Lembro-me que se ainda estivessem vivos alguns dos Bombeiros que combateram o fogo seriam também muito bem vindos, não acha?
Neste momento estou de férias no Sul. Quando voltar de novo ao serviço poderemos tratar de mais pormenores.
Com um grande abraço e até breve
Rocha e Abreu

quarta-feira, 13 de junho de 2012

3 de Abril de 2013. 50º Aniversário do incêndio da Fragata D. Fernando II e Glória

Carta da Comissão Organizadora dos Encontros Nacionais dos Antigos Alunos da Fragata D. Fernando II e Glória, enviada ao actual Comandante da Fragata, Capitão de Mar e Guerra Fuzileiro, José António de Oliveira Rocha e Abreu.

Exmo. Senhor Comandante
Provavelmente saberá. No próximo ano de 2013, precisamente em 3 de Abril, comemora-se o 50º aniversário do incêndio da Fragata D. Fernando II e Glória, data que, para todos nós ex-alunos, se revestirá de enorme importância, não porque queiramos comemorar essa tragédia mas simplesmente para assinalar o quão importante foi para todos nós termos passado por aquela instituição, que nos dotou das ferramentas para podermos moldar o nosso futuro.
Como calculará, e como já vem sendo hábito, esta Comissão Organizadora irá nessa data realizar o VI Encontro Nacional dos Antigos Alunos da Fragata D. Fernando II e Glória, que provavelmente se irá realizar no dia 6 de Abril (Sábado), tendo em conta que o dia 3 será numa Quarta-feira dia de trabalho, nada propício a este tipo de realizações.
Tendo em conta o exposto, tem o propósito desta nossa carta, perguntar ao nosso amigo se tem conhecimento se a Marinha de Guerra tem previsto organizar alguma cerimónia comemorativa dessa data. Caso não haja nada previsto e como lhe dissemos inicialmente, iremos em todo o caso organizar o nosso Encontro Anual, onde irá ser evocada essa data de uma forma muito singela e nos moldes dos Encontros já realizados anteriormente, que não passam de simples momentos de confraternização, que nos possibilitam rever antigos companheiros da nossa infância e adolescência.
Caso a Marinha de Guerra tenha em previsão organizar alguma cerimónia alusiva à data, nós, antigos alunos daquela velha Nau, “última das Índias”, achamos que seria deveras interessante estarmos presentes, pois gostaríamos e teríamos um imenso orgulho e prazer em participar e fazer parte da mesma, de uma forma muito discreta e devidamente integrados no tipo de programação que for determinado pela Marinha de Guerra.
Os moldes da nossa participação (e permita-nos que possamos sugerir), poder-se-ia resumir a uma pequena intervenção na cerimónia oficial (caso se realize, claro!) com a leitura (para além de outros discursos de outras entidades oficiais convidadas) de um pequeno texto de um dos nossos ex-alunos mais antigos, que evocaria a sua passagem pela aquela instituição e (ou) a realização de um almoço comemorativo junto à Fragata evocativo da data, suportado pela Marinha (com a montagem de uma tenda apropriada para este tipo de eventos) onde a par dos convidados oficiais participariam também os antigos alunos da Fragata e os seus familiares mais directos.
E porque estamos em época de contenção de recursos e caso a Marinha de Guerra não possa suportar os custos resultantes da participação dos ex-alunos nesse almoço comemorativo, a participação destes poder-se-ia processar nos mesmos moldes dos nossos Encontros Anuais, ou seja, com uma inscrição prévia e o posterior pagamento do custo da refeição por cada um deles.
Na eventualidade de nada ser possível ser realizado daquilo que é sugerido nesta carta, seria no entanto também interessante e como alternativa, que na Revista da Armada do mês de Abril desse ano fosse editado um artigo (com ilustrações) alusivo àquela data (3 de Abril de 1963) do incêndio da Fragata D. Fernando II e Glória.
Caro amigo. Pensamos que, ao termos sugerido e lembrado a possibilidade de se realizar este tipo de comemorações não ter interferido naquilo que são as suas reais competências, dado que a única intenção foi não deixar passar aquela data em branco e relembrar uma data que decerto tem uma importância afectiva para todos, em especial para os antigos alunos que naquela data se viram órfãos daquela “velha Nau”.
Grato pela sua compreensão, aguardamos com alguma brevidade a sua resposta.
Melhores cumprimentos
 Alhos Vedros, 13 de Junho de 2012

A Comissão Organizadora dos Encontros Nacionais dos Antigos Alunos da Fragata D. Fernando II e Glória

Augusto Gomes
Carlos Vardasca
Joaquim Lopes
José Alves                                                              

terça-feira, 5 de junho de 2012

Mais fotos de ex-alunos para o nosso arquivo


Enquanto decorria o almoço de confraternização do nosso V Encontro Nacional, foram-se trocando várias opiniões, relembrando passagens e episódios vividos a bordo no tempo quando ainda eramos crianças, enquanto outros, se muniam dos álbuns de recordações para partilhar momentos que jamais deixarão de fazer parte das suas memórias. Foi o caso de Manuel Alves Serralheiro, ex-aluno nº 213 (mais conhecido pelo "Brasileiro") que de Vidago trouxe o seu álbum de memórias para partilhar com quem já não convivia há cerca de 44 anos, e que para ele foi uma imensa satisfação estar presente ao rever os amigos.
Vindo de Castanheira de Pera, o Aníbal Cabrita, ex-aluno nº 229, deliciou-nos ao abrir o seu pequeno arquivo de fotos, onde pudemos rever antigos companheiros, alguns de  quem há muito não sabemos do seu paradeiro, mas outras de inegável interesse para todos nós.
Da sua colecção faziam parte (entre outras) estas quatro fotos de ex-alunos (onde ele se inclui) e que sem dúvida irão enriquecer o nosso já vasto arquivo fotográfico, possibilitando um dia (quem sabe?) editar-se um livro que conte a história da Fragata D. Fernando II e Glória, mas na perspectiva da vivência dos seus alunos a bordo daquela velha Nau "última das Índias".
Apesar da crise e de não termos por ali perto a "nossa fragata", os ex-alunos responderam há chamada, comparecendo em número significativo com as suas famílias dando um tom deveras acolhedor ao Encontro.
Para o próximo ano, se assim for o interesse de todos, voltaremos encontrarmo-nos e onde decerto aparecerão novos companheiros, a quem daremos as boas-vindas de regresso ao seio da nossa já apreciável "tripulação".
A actual Comissão Organizadora está convicta de que ao longo dos Encontros já realizados tentou fazer tudo de forma a que todos se sentissem satisfeitos com o seu trabalho, manifestando no entanto a ideia de que se deveria formar uma nova Comissão Organizadora para a realização dos próximos Encontros, dando assim a oportunidade a outros que tenham novas ideias e manifestem vontade e interesse em fazer parte deste tipo de realizações.
Com a convicção de que não voltaremos a "deixar morrer" este tipo de iniciativas, pensamos que ao logo do ano teremos muitas oportunidades para falarmos e pensarmos entre nós sobre este assunto, tendo em conta que em 2013 se comemora o 50º Aniversário do incêndio da Fragata D. Fernando II e Glória, data que nenhum de nós quererá deixar passar sem que seja lembrada.
Até lá, um abraço

Carlos Vardasca
(Braz, ex-aluno nº 14)
1963-1968 


segunda-feira, 4 de junho de 2012

V Encontro Nacional dos Antigos Alunos da Fragata D. Fernando II e Glória (Fotos)

Foto de grupo dos "Fragatas" presentes no V Encontro. Bombarral, 2 de Junho de 2012
Foto de grupo dos "Fragatas" e seus familiares
Quando o pessoal começou a chegar à concentração
O ex-aluno nº 229, Aníbal Cabrita (1956-1959) que veio ter ao V Encontro, e nos presenteou com fotos suas, que são uma autêntica relíquia para a reconstituição da história dos alunos da Fragata D. Fernando II e Glória. Na Foto estão também o "Albufeira" e o João Guilherme Coelho.
Um dos aspectos da sala onde decorreu o almoço
Outro aspecto da sala
Panorâmica geral da sala.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Mensagem do actual Comandante da Fragata, José António Rocha e Abreu

Quando o Sr. Comandante da Fragata agradecia a oferta de réplicas de bolas de trapo (idênticas às que faziam parte dos desafios de futebol a bordo da Nau) feitas pelo ex-aluno nº 363, Victor Manuel Gomes Santos ("Albufeira").
Discurso de boas vindas aos ex-alunos presentes a bordo da Fragata, a quando da realização do IV Encontro Nacional em 2011.
Conforme o prometido desde o IV Encontro Nacional dos Antigos Alunos da Fragata D. Fernando II e Glória realizado em 2011, endereçamos um convite ao actual comandante da Fragata, José António Rocha e Abreu, Capitão de Mar e Guerra Fuzileiro, para estar presente neste nosso V Encontro Nacional a realizar no próximo dia 2 de Junho no Bombarral. Na impossibilidade de poder estar presente, aquele oficial teve a amabilidade de nos enviar o texto que, devido à sua simpatia e reconhecimento, publicamos de seguida:

Senhor Carlos Vardasca, estimado amigo:

Agradeço-lhe muito o convite para estar presente no grande encontro anual dos antigos alunos da nossa Fragata.
Acontece que, por planeamento efectuado logo no inicio do ano, estou nessa data a dirigir-me ao Sul para uma semana de férias.
Gostaria muito de estar presente não só para os rever a todos mas sobretudo, perdoe-me o egoismo, para me enriquecer e emocionar mais uma vez com o relato dos vossos percursos de vida, antes e depois da Obra Social da Fragata D. Fernando II e Glória.
Durante as visitas guiadas que proporciono aos visitantes especiais da Fragata , tenho tido a grata oportunidade de relatar algumas das circunstancias vividas por muitos jovens que, sem grande esperança de futuro, foram abrigados pela "Obra Social" do Comandante Henrique Tenreiro e assim chegaram a ser cidadãos de grande valor e dignidade, como são aqueles que estarão reunidos no próximo dia 2 de Junho no Bombarral.
Quero envolvê-los a todos numa saudação muito especial com o desejo de continuidade de uma vida longa e saudável.
De alguém que procura conservar e divulgar o espirito de  camaradagem que vos une e que muito se orgulha de comandar a Vossa Fragata, recebam então um grande abraço.

Do vosso amigo ao dispor

Jose António Rocha e Abreu
Capitão de Mar e Guerra Fuzileiro

quinta-feira, 3 de maio de 2012

O nosso V Encontro Nacional noticiado na "Revista da Armada" (Marinha de Guerra Portuguesa)

Clicar em cima do documento para o ampliar
Dando cumprimento à divulgação do próximo V Encontro Nacional do Antigos Alunos da Fragata D. Fernando II e Glória, foram enviados para a "Revista da Armada" (Marinha de Guerra Portuguesa) revista "Desembarque" (Associação de Fuzileiros) e para a revista "O Combatente" (Liga dos Combatentes), textos de informação relacionados com o evento, de forma a se proceder à respectiva divulgação de uma forma mais abrangente do nosso convívio anual.
O texto que se edita refere-se à recente edição da "Revista da Armada" nº 463, ano XLI de Maio de 2012, página 34, onde o nosso Encontro Nacional é gentilmente divulgado conforme solicitação da Comissão Organizadora.
Aproveitando a oportunidade, recorda-se a todos os ex-alunos interessados em participar neste nosso convívio anual (a realizar no próximo dia 2 de Junho de 2012 no Bombarral - Restaurante Zélia) que se devem inscrever até ao dia 15 de Maio do presente ano para os contactos inscritos na foto que se edita, de forma a garantir a sua presença, dos seus familiares e amigos neste nosso grande Encontro, onde se pretende que se estabeleçam os laços de amizade há muito "desencontrados", ou outros que já tivessem sido restabelecidos no dia a dia de cada um, laços esses, que pretendemos que perdurem ao longo da nossa existência e da nossa convivência, que desejamos manter de uma forma muito salutar.
Não há tempo a perder. Inscreve-te já, garantindo assim a tua presença, dos teus familiares e amigos no evento, contactando para o seguinte contacto:
Joaquim António Pereira Lopes
Avenida Dr. Joaquim de Albuquerque, nº 15
2540-004 Bombarral
Telemóvel: 967970171
Aguardamos pela tua presença, pois serás sempre bem-vindo, na companhia dos teus familiares e amigos.
Até lá, um abraço da
Comissão Organizadora do
V Encontro Nacional dos Antigos Alunos da
Fragata D. Fernando II e Glória

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Ex-Fragatas que participaram na Guerra Colonial. Uma história de vida (2)

Após a emboscada de que fomos alvo, eu e os restantes feridos aguardamos a chegada do helicóptero para sermos evacuados para o Hospital de Mueda. Norte de Moçambique, 03 de Janeiro de 1972
Aquartelamento de Tartibo onde a minha Companhia (C.CAÇ. 3309) estava aquartelada. Norte de Moçambique, 1972
Eu no Aquartelamento de Nangade junto ao Obus. Ao fundo pode ver-se o Lago Nangade e as montanhas da Tanzânia. Norte de Moçambique, 1971. (Em destaque uma foto minha quando era aluno da Fragata D. Fernando II e Glória - Setúbal 1968)

"Tão próximo do outro lado do muro"
As Berliet seguiam no seu vagaroso e agonizante andamento, enquanto que na mata circundante se multiplicavam os sons da natureza que enfrentavam a nossa indiferença.
A preocupação dos militares estava muito para além do chilrear das galinhas do mato e de outras aves tropicais que sobrevoavam as viaturas militares muito para lá da copa das árvores (também elas indiferentes aos medos que ali se faziam transportar) mas na mata cerrada, verdejante, que não deixava vislumbrar muito para além das longas lianas que ladeavam a picada e nos sacudiam o corpo à nossa passagem, “um outro cenário estava prestes a embelezar aquele anfi-teatro encharcado de incertezas”.
Estava-se em plena época das chuvas e o calendário, depois de arrancada a folha anterior mostrava agora o terceiro dia do mês de Janeiro de 1972.
Chovia torrencialmente, e as vinte viaturas tentavam (com alguma perícia dos Soldados Condutores), muito lentamente (sempre com a tracção às quatro rodas) transpor mais uma vez a "Descida dos Paus"[1], tentando controlar a direcção para que as viaturas não escorregassem para o desfiladeiro que ladeava a picada, ora com a azáfama dos restantes soldados, alguns deles em tronco nu que deixavam inundar as toscas tatuagens que garantiam fidelidades eternas, cerrando troncos de árvores para serem colocados naquele piso lamacento, cuja cor barrenta tantas preocupações e canseiras davam de cada vez que as colunas de reabastecimento por ali passavam durante a época das chuvas.
Embora com alguma demora e dificuldade, aquele obstáculo foi transposto e, depois de passarmos uma pequena ponte improvisada que já fora por várias vezes dinamitada pelos guerrilheiros da FRELIMO[2], a ansiedade parecia querer aliviar-se com a entrada numa zona da picada com o piso um pouco mais regular, o que facilitava a movimentação das nossas tropas bastante ansiosas por chegar ao Aquartelamento mais próximo (Pundanhar).
Eu seguia no "Rebenta Minas"[3] com mais quatro militares de um Grupo de Combate da Companhia de Caçadores de Moçimboa da Praia e da Companhia de Artilharia 2745 estacionada em Nangade (que faziam a protecção à coluna de reabastecimento em conjunto com a Companhia de Caçadores 3472[4] e que, por não nos termos apercebido do atraso das restantes viaturas, ficámos isolados e bastante vulneráveis em termos de defesa face a qualquer ataque dos guerrilheiros.
Quando nos vimos sozinhos e demos conta do nosso isolamento e antes que conseguíssemos imobilizar a viatura, ocorreram inesperadamente violentas explosões de três minas anti-carro em simultâneo e accionadas eléctricamente, na retaguarda da viatura, que a destruiu imobilizando-a de imediato.
Logo após aqueles rebentamentos foi desencadeada uma forte emboscada com armas ligeiras por um grupo avaliado entre 6 a 8 guerrilheiros da FRELIMO[5] que, sentindo-se em posição favorável face ao nosso isolamento, tentaram a aproximação à viatura ao mesmo tempo que disparavam na nossa direcção, apesar da nossa resistência.
Não fora a chegada das restantes viaturas naquele momento (que forçou os guerrilheiros a refugiarem-se na mata) as consequências poderiam ter sido bem mais dramáticas do que as que ocorreram. Daquela emboscada eu fui atingido numa mão por um tiro de Kalashnikov, e quanto aos restantes ocupantes da viatura, dois ficaram gravemente feridos (no peito e num ombro) e um outro com ferimentos ligeiros (numa perna) em resultado do disparo daquelas armas automáticas.
Efectuado o contra ataque das nossas tropas e restabelecida a calma enquanto eram prestados os primeiros socorros aos feridos, procedeu-se à abertura de uma clareira na mata com o derrube da algumas árvores para facilitar o acesso do helicóptero e efectuar a evacuação, tendo todos nós sido transportados para o Hospital situado mais a sul e no Aquartelamento de Mueda.
Foram momentos dramáticos e, sinceramente, durante toda a minha existência e desde o incêndio da Fragata D. Fernando II e Glória em 03 de Abril de 1963 a que sobrevivi com a idade de 13 anos, nunca como naquele dia me senti tão consciente de estar “tão próximo do outro lado do muro".

Carlos Vardasca
Ex-Aluno nº 14 (1963-1968)
9 de Abril de 2012


[1] “Descida dos Paus”. Itinerário muito íngreme, de piso lamacento e escorregadio devido às fortes chuvadas, sendo necessário colocar troncos de árvores para facilitar a passagem das Berliet que integravam as colunas de reabastecimento entre os Aquartelamentos de Palma, Pundanhar e Nangade.
[2] Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) Guerrilheiros que combatiam contra o exército português.
[3] “Rebenta Minas”. Berliet que seguia sempre na frente das colunas de reabastecimento, reforçada com sacos de areia para resistir ao impacto do rebentamento de minas anti-carro.
[4] Que rendeu a Companhia de Caçadores 2703 no Aquartelamento de Pundanhar em 02 de Janeiro de 1972.
[5] Registado no Relatório da Região Militar de Moçambique. Batalhão de Artilharia 2918. História da Unidade. Décimo oitavo fascículo (Janeiro de 1972) Capítulo II, página 1. Arquivo Histórico Militar de Lisboa.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Ainda sobre a localização da Fragata D. Fernando II e Glória

A Fragata na doca nº 2 da ex- Parry & Son em Cacilhas. Foto tirada no dia 2 de Abril de 2011, a quando da realização do IV Encontro Nacional dos Antigos Alunos da Fragata D. Fernando II e Glória.
Mesa que presidiu à assinatura do protocolo para a docagem da Fragata na doca nº2 da ex- Parry & Son em Cacilhas. Revista da Armada nº 391. Novembro de 2005, página 28.
Com a formalização do protocolo entre a Marinha, a Câmara Municipal de Almada e a AGIL, SA assinado em 27 de Setembro de 2005, com vista à docagem da Fragata na antiga Doca nº 2 de ex-Parry & Son, e a sua posterior recuperação, verifica-se que aquela Nau, que representa para todos os portugueses  "um pedaço da nossa história" continua ali "encafuada", não sendo em nossa opinião o local mais adequado para dar mais visibilidade e rentabilidade àquele museu flutuante.
Quando em 28 de Janeiro de 2012 manifestamos aqui neste espaço a nossa opinião sobre esse assunto, em artigo denominado "A última Nau das Índias ainda está encafuada em Cacilhas" foi com o objectivo de que, quando esse protocolo findar, que as entidades envolvidas o revessem, de forma a que se pense um novo local para a Fragata D. Fernando II e Glória dando lhe maior visibilidade, como por exemplo: fundeada em frente ao Terreiro do Paço, o que seria um notável cartão de visita da cidade de Lisboa, maior acessibilidade para os cidadãos estrangeiros e nacionais que a queiram visitar, e, consequentemente, também uma maior fonte de receita que contribuiria para a manutenção da Fragata como museu.
Esta nossa opinião que a defendemos como a melhor forma de mostrar ao mundo aquilo que foi a nossa história marítima, foi também em tempos partilhada pelo então Contra-Almirante M. de Vale, num artigo de Nota de Abertura na Revista da Armada nº 199 de Maio de 1988, página 3, sob o título, "Será desta? e que dizia o seguinte:
(...) Porque sei que àcerca do local onde virá a ser exposta ao público vai correr muita tinta, lembro que a Marinha tem defendido enquadrá-la no cenário pombalino dos edifícios do Terreiro do Paço, docando-a no antigo dique do Arsenal da Marinha, como foi preconizado pelo falecido Almirante Ramos Pereira num artigo publicado nas "Anais do Clube Militar Naval" (nºs 10 a 12 de Outubro/Dezembro de 1960.
Aqui, sim - onde na época das Descobertas existiu a Ribeira das Naus -, ficaria mesmo no coração da cidade, onde pulsa também o do povo, acessível a todos visitantes, nacionais e estrangeiros, que demandam a nossa famosa capital.
Fazendo parte do Museu de Marinha, que bela propaganda faria do que fomos em tempos idos! E que grande receita para o Museu... (...)
Congratulamo-nos com esta opinião, pois verificamos que afinal não estamos sós nesta corrente que visa "desencarcerar" a Fragata de entre dois muros e a colocá-la num outro local onde fosse mais acessível a sua visita, dotá-la de uma outra visibilidade, o que contribuiria também e de uma forma muito mais eficaz para a rentabilização económica do seu próprio museu.

Carlos Vardasca
(Braz, ex-aluno nº 14 - 1963-1968)

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Foi há 49 anos (03 de Abril de 1963)

Vários rebocadores participam no combate às chamas. Jornal "O Século". 04 de Abril de 1963.
Páginas do "Diário de Lisboa" do dia 4 de Abril de 1963, a noticiar o incêndio da Fragata D. Fernando II e Glória.
Outro aspecto do incêndio observado ao longe.
Bombeiros no combate ao incêndio. "Diário de Notícias" 04 de Abril de 1963
Elementos da Marinha de Guerra também participaram no combate às chamas. Jornal "O Século". 04 de Abril de 1963.
Outro aspecto do combate ao incêndio. "Diário Popular". 04 de Abril de 1963
Alunos da Fragata após o incêndio, depois de serem recolhidos na Escola Profissional de Pesca em Pedrouços. Jornal "O Século". 04 de Abril de 1963.
Outros alunos da Fragata na Escola Profissional de Pesca em Pedrouços. "Diário de Notícias". 04 de Abril de 1963.

terça-feira, 27 de março de 2012

O meu primeiro dia na Fragata D. Fernando II e Glória (2)

Bilhete de Identidade do Agusto Fernando Gomes, aos 16 anos de idade.
O Augusto Fernando Gomes em primeiro plano (blusão castanho) na companhia do Joaquim Lopes (ao centro) e do Eduardo Massa Constâncio, ex-aluno nº 210, após um almoço no restaurante "CID" em Lisboa.
O meu destino já estava marcado. No Colégio D. Maria Pia já me tinham dito que (nem sei por que razão) eu iria ser transferido para uma velha Nau onde decerto deveria percorrer (como veio a acontecer) outros destinos na minha vida profissional. Chegado à Doca da Marinha próximo do Terreiro do Paço, lá me fizeram embarcar numa pequena vedeta que rumou a um local que para mim era totalmente desconhecido.
Apesar de estarmos em Abril, a manhã parecia estar um pouco nebulosa, quando de repente me deparei defronte de um “monstro” pintado de negro, com antigas peças de artilharia voltadas para um alvo desconhecido.
Debaixo da minha inocência e sem perceber porque é que me transferiam de um lado para o outro, entrei a bordo da Fragata com apenas 14 anos de idade e jamais me esquecerei do meu primeiro dia a bordo.
Recordo-o ainda hoje, porque foi marcante na minha idade ainda criança, mas também porque nunca compreendi como é era possível tratarem pessoas daquela forma tão cruel, precisamente no dia em que eram recebidos a bordo.
Recordo-me que naquele dia estávamos eu, o Adolfo[1], o Braz, o Victor (de alcunha “o gordo”) o Joel, o “Zé Nabo” e outros de quem não me recordo agora o nome, junto do paiol para recebermos o novo fardamento e a palamenta na companhia do Manhiça, aluno mais velho do Colégio D. Maria Pia que nos acompanhou até à Fragata. Enquanto despíamos a farda do Colégio D. Maria Pia, aquele aluno mais velho, alto, de estatura robusta, manteve-se sempre junto a nós, denotando-se na sua expressão um sentimento de pena pela despedida, onde em determinado momento lhe vi correrem as lágrimas pela face escura, tisnada num dos recantos algures em terras de África.
Depois de um abraço sentido e repartido por todas as crianças que ficariam a partir daquele momento à guarda da Fragata D. Fernando II e Glória, nunca mais o voltei a ver e, após a sua despedida, que ficou envolta num cenário de inquietação, senti uma certa saudade do colégio que nos acabava de despejar naquela velha Nau que, no meio daquele nevoeiro, mais parecia “uma barca de piratas que imergia de surpresa para atacar a sua presa”.
O Cabo “Borracha” foi quem nos distribuiu a farda, palamenta e outros utensílios que iriam fazer pate da nossa “mobília” a bordo, e a sua distribuição parecia correr com toda a normalidade quando algo de estranho aconteceu que jamais esquecerei durante toda a minha vida, pela agressividade empregue e de forma injustificada.
Depois de eu e os outros recém-chegados termos recebido tudo o que nos era devido sem quaisquer problemas, ao chegar a vez do Adolfo foi quando tudo se complicou.
Do Colégio de onde vínhamos, para além de outras disciplinas escolares tínhamos também aulas de francês e inglês, o que decerto influenciou o tipo de resposta que o Adolfo deu ao cabo Borracha quando este lhe perguntou:
Então! ― Não te falta nada. Já tens tudo? ― Ao que o Adolfo respondeu:
Yes.
Perante esta resposta, que deveria ter alguma compreensão por parte de quem a recebera, tendo em conta que fora proferida por uma criança habituada a outros costumes, eis que, de imediato o cabo Borracha respondeu:
Ai é yes?
Possivelmente, sentindo-se inferiorizado por ser confrontado com outros conhecimentos a que não estava habituado, ou sentindo-se desautorizado nas funções a que estava incumbido, eis que o cabo Borracha levanta de imediato a mão e desfecha com extrema violência uma chapada no Adolfo, que me deixou a mim e aos restantes alunos que acabávamos de chegar muito impressionados.
É claro que já se passaram bastantes anos do ocorrido, e este episódio parece não ter nenhuma importância, mas o facto de termos sido recebidos daquela forma e com aquela agressividade, decerto que impressionou e moldou de certa forma a personalidade de todos os que presenciaram aquela cena.
A mim marcou-me profundamente, e ainda hoje recordo aqueles momentos, pois considero que crianças carentes de afectos e que deambulam de colégio em colégio não deviam ser tratadas daquela forma por adultos que, para exercerem aquelas funções deveriam ser dotados de alguma compreensão e alguma formação para lidar com este tipo de situações, mas também conhecimentos que decerto não lhes eram prestados, dado que aquelas instituições apenas tinham como objectivo esconder da sociedade a miséria que grassava em muitos lares, não sendo por isso obrigatório a colocação de profissionais de educação a bordo, bastando recrutar à marinha quadros que apenas ali iriam fazer um frete e preencher um vazio até ao final da sua carreira.
Augusto Fernando Gomes
(“Torta”)
Ex-aluno nº 13
(1963 – 1967)
27 de Março de 2012

[1] Adolfo Manuel de Abreu Dias, ex-Aluno nº 12 da Fragata D. Fernando II e Glória, falecido em 2010.