segunda-feira, 21 de março de 2011

IV Encontro Nacional dos Antigos Alunos da Fragata D. Fernando II e Glória (informação)

Caros amigos
Foi com grande satisfação que grande parte dos ex-alunos da Fragata D. Fernando II e Glória responderam ao desafio de nos encontrarmos neste IV Encontro Nacional, muitos deles que já não se vêm à vários anos desde que saíram da nossa “velha NAU” e seguiram percursos tão distintos e diversos.
Pelas inscrições que a Comissão Organizadora recebeu, vão se encontrar neste nosso Encontro várias gerações de “Filhos da Escola”, alguns deles que entraram para a "Fragata" em 1949 até àqueles que estiveram até ao fim daquela instituição em 1975.
Por esse facto, e porque o nível de inscrições ultrapassou (pela positiva) as expectativas esperadas, informamos que o almoço já não pode ser efectuado a bordo da “Fragata”, tendo em conta que a sua capacidade apenas comporta cerca de 70 pessoas e as inscrições efectuadas até ao momento já ultrapassa as 136 (contando com ex-alunos e seus familiares).
Por esse facto (e contando com a vossa compreensão e porque o importante é a nossa confraternização e a convivência entre ”filhos da Escola” que fomos) vê-mo-nos na obrigação de vos comunicar que o programa sofreu algumas alterações que passamos de imediato a explicitar:

a) 11,00 horas - Concentração junto da “Fragata”, nos Estaleiros da Parry & Son em Cacilhas.
b) 11,30 horas – Momentos de confraternização e visita à Fragata D. Fernando II e Glória.
c) 13,00 horas – Almoço de confraternização e convívio no Restaurante “Quinta da Valenciana”.
Salão Nobre II (em Fernão Ferro, a cerca de 10 minutos de distância do local onde a “Fragata” está atracada: o mesmo Restaurante que nos ia fornecer as refeições a bordo da “Fragata”).
Nota: Estarão à nossa disposição dois autocarros da Marinha de Guerra, que nos levarão desde o Estaleiros da Parry & Son até ao restaurante “Quinta da Valenciana”, podendo, quem o entender, deixar as suas viaturas no Parque de Estacionamento junto à “Fragata” (que ao fim de semana é gratuito).
d) 17,00 horas - Fim do almoço da confraternização.
Nota: Terminado o almoço de confraternização, os mesmos autocarros da Marinha de Guerra levar-nos–ão de volta ao Parque de Estacionamento junto da Fragata”, onde cada um deixou as suas viaturas.
e) Juntamos em anexo o mapa da localização do restaurante “Quinta da Valenciana” bem assim como o cartão que contém o endereço do respectivo estabelecimento, tendo em conta que poderão (eventualmente) haver ex-alunos que pretendam para ali se deslocar sem terem que ir à Concentração marcada para as 11,00 horas junto da “Fragata”.

Pensamos que nesta pequena nota disponibilizámos a todos vós toda a informação útil para facilitar a acessibilidade ao local do nosso IV Encontro Nacional, lamentando no entanto as alterações então verificadas.
Até lá, um abraço a todos.
No dia 02 de Abril lá estaremos

Pela Comissão Organizadora
Carlos Vardasca
(Braz. ex-aluno nº 14)

domingo, 20 de março de 2011

Painel da Fragata D. Fernando II e Glória em azulejo

Painel em azulejo pintado à mão (30X45cm) Azulejaria Guerreiro. Alhos Vedros
Contactos da Azulejaria Guerreiro

Como devem calcular, a organização do IV Encontro Nacional dos Antigos Alunos da Fragata D. Fernando II e Glória, para além do trabalho desenvolvido, fruto da "carolice" da Comissão Organizadora, como é óbvio, também teve as suas despesas que cada um dos seus membros foi suportando, nomeadamente o envio das cartas, fotocópias a cores do Cartaz e do Programa, assim como os variadíssimos telefonemas realizados relacionados com a organização do Encontro.
Para fazer face a estas despesas, a Comissão Organizadora mandou fazer um painel pintado à mão em azulejo, com as dimensões de 30x45cm a partir de uma foto da "Fragata", painel esse que poderá ser adquirido por todos os ex-alunos presentes, através da compra de rifas que vão ser vendidas durante o Encontro e sorteadas no final do almoço de confraternização.
Como podem verificar pela foto, é de facto um painel muito bonito, representando uma excelente obra de arte produzida pelo artista Alhos Vedrense Luís Guerreiro (Azulejaria Artística Guerreiro) do qual também reproduzimos os seus contactos.
Portanto amigos, não se esqueçam de ir preparados com uma moedinha e mais alguns trocos, pois a sorte poderá "bater à vossa porta" e poderem levar para vossa casa esta recordação da "nossa Fragata", valiosíssima peça artística em azulejo pintado à mão.

Carlos Vardasca
(Braz, ex-Aluno nº 14)

quinta-feira, 17 de março de 2011

Fotos com história

Alfredo Abrantes, aluno nº 101 ("Velha") com 13 anos (1951) e aos 15 (1953)
Os alunos "René", João Coelho (nº295) e o "China". Foto tirada na Batalha quando eram alunos da Escola Profissional de Pesca. Doca de Pesca de Algés (Lisboa).
Os alunos João Coelho (nº 295) e o Joaquim de Freitas (nº 35) na Avenida Luisa Tody, próximo do Hotel Esperança em Setúbal.
O Alfredo Abrantes (sentado) ex-aluno nº 101 ("Velha") com 14 anos de idade (1952) na companhia de outros alunos na Praça do Comércio. Lisboa 1952

quarta-feira, 16 de março de 2011

Veleiros que fizeram história

O clipper “CUTTY SARK”, construído na Escócia em 1869 é hoje monumento exposto em doca seca de Greenwich, Londres. Navegou durante trinta anos com pavilhão português sob as denominações de “MARIA DO AMPARO” e “BARCA FERREIRA”
O “Cutty Sark”, um dos maiores veleiros de todos os tempos foi construído com o objectivo de encurtar, em tempo, a rota da seda, entre o oriente e a Grã-Bretanha.
Aquela denominação viria mais tarde a ser marca de whisky cujos proprietários tiveram a feliz ideia de patrocinar regata anual de grandes e pequenos veleiros.
A regata de 1998, partiu de Falmouth, em Julho e concluiu etapa em Lisboa em Agosto do corrente ano, associando-se à grande celebração dos oceanos que teve por palco mundial a EXPO 98.
Na regata participaram embarcações de todas as nacionalidades, velhas, novas, grandes e pequenas com o limite inferior de 9,1 metros na linha de flutuação.
O troféu pode ser ganho por qualquer navio de qualquer nacionalidade, seja qual for o seu porte. Não são os organizadores nem os patrocinadores quem decide o vencedor.
Este é decidido por votos de todos os Capitães dos navios participantes após consulta à tripulação, metade da qual é constituída por jovens entre os 15 e os 25 anos de idade. Sairá vencedor o navio cuja tripulação mais tenha contribuído para o melhor entendimento e amizade entre os participantes durante as várias etapas de que se compõe a regata. O troféu é modelo em prata do clipper “CUTTY SARK”.
Na regata de 1998 participaram cerca de 100 embarcações de todas as classes. Lisboa teve a feliz oportunidade de visitar, no Tejo, alguns dos grandes veleiros da classe A (mais de 36,6 metros de comprimento) como o mexicano “Cuauchtemoc”, o columbiano “Glória” ), o italiano “Palinuro” , os russos “Kruzenshtern” e “Mir”), o polaco “Mlodziezy”, o alemão “Alexander Von Humbolt” e os portugueses “Sagres” e “Creoula” , outros da classe B (entre 30,5 e 48,8 metros) como o inglês “Winston Churchil” e da classe C (menos de 30,5 m) de entre os quais se destacam a nossa caravela quinhentista “Boa Esperança”, a escuna “Polar”, a corveta “Vega” e o macaense “Santo Nome de Deus de Macau”.
Todos os grandes veleiros são escola de aprendizagem e treino de futuros marinheiros; coexistem as novas e velhas tecnologias: astrolábio e navegação por satélite; comunicação por sinais sonoros e bandeiras e potentes estações de telecomunicação; velas latinas e redondas e potentes motores de propulsão.
Os veleiros galearam airosamente no dia 6 de Agosto de 1998, nas águas do Tejo, velas enfunadas, guarnições em formatura no convés e espalhadas sobre vergas e enxárcias, em saudação ao Chefe do Estado de Portugal postado na Torre de Belém
nesse mesmo lugar donde partiram no século XV outros veleiros à descoberta das rotas marítimas das Índias e das Américas.

Armando Reis Leitão
Antigo Funcionário Administrativo da Sociedade Nacional de
Armadores do Bacalhau (SNAB) e Administrador da empresa.

Foto: Veleiro Cutty Sark em plena navegação. Este veleiro viria a sofrer um violento incêndio em Londres no dia 21 de Maio de 2007

terça-feira, 15 de março de 2011

Já temos o "Eusébio" e o "Tonho" entre nós

Francisco dos Anjos Fernandes ("Eusébio") nº 150 -1963-1966
António Fernando da Silva ("Tonho") nºs 355 e 25 - 1957-1963

sábado, 12 de março de 2011

IV Encontro Nacional dos Antigos Alunos da Fragata D. Fernando II e Glória na Comunicação Social

"Correio da Manhã", página nº 18 de 12 de Março de 2011
Jornal "ELO"nº 415, da Associação dos Deficientes das Forças Armadas (ADFA) Página 7. Fevereiro de 2011 Revista da Armada nº 449, página 34. Fevereiro de 2011

sexta-feira, 11 de março de 2011

Memórias de um "Fragata"

O "Grifo", com a mãe e a irmã. Lagos 1957
Olá Filhos da Escola
Sou o “Grifo”, nº 244
Ex-Aluno da Mãe Fragata

O tempo voa, e a meninice nunca esquecemos dos tempos de outrora.
Achei imensa piada, pela divulgação do nosso colega onde relatava a apanha aos ratos com toucinho fumado e o castigo que apanhou.
Confirmo todo o relato, visto que também fiz o mesmo, mas não com toucinho fumado, mas sim com ratoeiras de madeira basculantes, onde os gajos entravam, tocavam no isco e a porta fechava-se automaticamente.
Chicoteado nunca fui, mas antes o fosse, pois o meu corpinho latino e ladino já estava habituado à merda da porrada.
De facto, quem apanhasse um rato, tinha direito a dois decilitros de vinho abençoado com água do rio Alviela; enfim. Uma vez com o mesmo rato ganhei quatro decilitros, e porquê? Pois… Em primeiro levei o rato atado pelo rabo ao oficial de dia e ganhei os tais dois decilitros, mandando-me jogá-lo ao mar, e em vez de o levar atado pelo rabo, fiz-lhe uma laçada ao pescoço, levando-o novamente ao oficial de dia, que me disse:
― Está bem, ganhaste quatro decilitros, mas tem cuidado.
Era o melhor oficial que nós tínhamos, o Sr. Tenente Morgado, e que Deus o abençoe se ainda for vivo, pois era um grande amigo da malta.
Fruta e vinho, sem apanhar ratos, era-nos só fornecido às Quintas e Domingos ao almoço. Havia porém, colegas que não gostavam de vinho e outros que detestavam a fruta, enfim; “cada gosto o seu paladar”… Trocava a fruta nosso vinho abençoado do rio Alviela, e quando sentia a cabeça zonza, ia dormir para a trincheira onde guardávamos as macas, ouvindo o meu posto transmissor da minha galena, e… sem pilhas. Acreditam? É verdade; Com uma caixinha de madeira, seis parafusos de cobre, um transístor pequeno, ibónito e dez metros de fio, fazíamos uma galena, sem pilhas ou energia eléctrica. E esta hem? Sabiam?
Quanto a castigos? Vamos lá ver se me recordo de alguns mas vou para os principais. Por ter sido apanhado a deitar doze batatas ao rio, estando de faxina, o Sr. António “Pantufas”, cozinheiro, denunciou-me ao Tenente Vinagre, pelo que fui castigado com a barra às costas, enquanto a nossa malta almoçava.
O “Pantufas” era um gorduchudo que na cozinha andava sempre descalço.
Porquê “Pantufas”? Tinha os pés muito achatados, que mais pareciam as patas de um elefante.
Também cheguei a carregar com a maca às costas, mas essa era macia, enquanto a barra fazia doer-me os meus ossos juvenis, pesando aproximadamente uns 30 quilos, ou mais.
Mais castigos teria a descrevê-los mas estou desconfiado que este bloco talvez não chegaria. E… por último, o que não é um castigo mas uma graça, porque de graça não tinha nada. O João Toureiro, é filho de Lagos e esteve na mesma altura comigo na Fragata. Para nadar não havia igual, pois chegou a atirar-se do mastro Grupêz (proa) e mais parecia uma gaivota.
Ele entretanto jogava à bola nos juvenis do Belenenses, como guarda-redes, pelo qual foi sempre um bom desportista.
Acontece porém que, ao regressar dos treinos vinha na última vedeta que largava na Doca da Marinha às 21,00 horas, e eu guardava-lhe a comidinha; o jantar que lhe pertencia no cacifo. Quando eram cachuchos com arroz de tomate, as baratas eram tantas que mal se via o prato; Enfim, a fome era negra, e o “Toureiro” enxotava-as com as mãos, e naquele pratinho já se foram as baratas, pois as mesmas desapareciam imediatamente, o cachucho e o arroz também entraram naquela barriguinha, e sem diarreias…”

António Marques dos Santos Grifo
Ex-Aluno nº 244 (1955-1959)

quarta-feira, 9 de março de 2011

"Aos poucos a nossa tripulação vai-se compondo"

Foto 1: Da esquerda para a direita: José Alves ("Gorila", ex-aluno nº 182), Augusto Gomes ("Torta", ex-aluno nº 13, Carlos Vardasca ("Braz", ex-aluno nº 14) e o José Manuel Lopes ("Caminha" ou "Tarzan") num restaurante no Cais do Sodré. Lisboa, 25 de Fevereiro de 2011.
Foto 2: António Rodrigo Coutinho ("Caguincha", ex-aluno nº 191)
Foto 3: Manuel Alegria ("Branquinho"). É irmão do Agostinho Alegria que mora em Setúbal.