segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

IV Encontro Nacional dos Antigos Alunos da Fragata D. Fernando II e Glória

É com imenso prazer que a Comissão Organizadora informa que já está em marcha o IV Encontro Nacional dos Antigos Alunos da Fragata D. Fernando II e Glória, que se irá realizar no Sábado, dia 02 de Abril de 2011, com concentração pelas 11,30 horas junto ao Estaleiros da Parry & Son em Cacilhas.
De seguida, e depois da recepção aos antigos alunos e seus familiares, seguir-se-à um Almoço de Confraternização a bordo da "nossa Fragata", onde todos teremos a oportunidade de continuar o nosso convívio que se pretende fraterno e saudável, relembrando tempos idos, e estreitar laços de amizade com companheiros nossos que já não vemos há cerca de 50 anos e que entretanto e depois do nosso último Encontro em Setúbal foram "dando à costa", fazendo parte integrante da nossa listagem de contactos.
Para se saber mais pormenores sobre o evento e tornar mais visíveis os documentos, basta clicar em cima deles para os ampliar e poderem ser visualizados.
Aqui fica à vossa disposição o Cartaz/Programa do evento (que também vai ser enviado pelo correio para os ex-Alunos que têm endereço registado na listagem), agradecendo a todos os interessados em participar que devem desde já começar a enviar as suas inscrições (indicando o número de pessoas e se algum está a dieta), cujo prazo limite é até ao dia 15 de Março de 2011, podendo ser efectuadas para os vários contactos inscritos no cartaz.
Certos de que vai ser um dia inesquecível, aguardamos lá por todos.

Carlos Vardasca
(Braz, ex-Aluno nº 14)

domingo, 30 de janeiro de 2011

"Mais um Fragata que já não está entre nós"

Na foto em destaque está o Silvino Conde Fidalgo com a idade de 21 anos, e a bordo da Fragata (em pé, de braços cruzados) na companhia de outros alunos.
Silvino Conde Fidalgo na Escola de Marinheiros em Vila Franca de Xira. Em baixo, em nono lugar a contar da esquerda.

Documento que certifica o Silvino Conde Fidalgo como um dos Mecenas que contribuiu para a reconstrução da Fragata D. Fernando II e Glória.

Silvino Conde Fidalgo com a esposa, a bordo da Fragata.

Silvino Conde Fidalgo foi aluno da Fragata D. Fernando II e Glória, tendo ingressado naquela instituição com apenas 12 anos de idade. Aos 15 anos de idade foi chamado por engano para a Marinha de Guerra e, quando deram pelo lapso e porque já estava incorporado, deixaram-no lá ficar, o que durou cerca de 15 anos.
Já incorporado nos Fuzileiros Navais, participa na Guerra Colonial em Moçambique nos anos de 1961-1963 e 1965-1968, tendo participado em operações de combate na zona do Lago Niassa.
De regresso da guerra, saiu da Marinha de Guerra e foi trabalhar na empresa UNILEVER, na Póvoa de Santa Iria onde esteve cerca de 16 anos.
Mais tarde, estabeleceu-se por conta própria na Nazaré, onde passou, por herança familiar, a gerir o empreendimento Vila Turística Conde Fidalgo até ao dia do seu falecimento com a idade de 66 anos, no dia 17 de Janeiro de 2008 por motivo de doença.
É de toda a justiça recordar que Silvino Conde Fidalgo, pelo grande amor e apreço que tinha pelos valores e pela educação que lhe foi ministrada a bordo daquela "velha NAU", como retribuição, foi também um dos Mecenas que em 1991 contribuiu e tornou possível a reconstrução da Fragata, que veio a visitar na companhia de toda a sua família.
Aqui fica esta pequena e singela homenagem a "Mais um Fragata que já não está entre nós".

Carlos Vardasca
(Braz. ex-Aluno nº 14)

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

"Mais Putos da Fragata respondem à chamada"

Jaime Guerra no jardim em Setúbal (1971) e (em destaque) uma foto sua mais actual. Jaime Guerra junto de outros Alunos (o décimo a contar da esquerda), no edifício da "Fragata" em Setúbal.

Equipa da "Fragata". O António José Santos "Alcantarilha", segura a bola. Setúbal 1968. Equipa da "Fragata". António José Santos ("Alcantarilha") está em pé, e é o quinto a contar da esquerda, junto do guarda-redes (Nascimento, ex-aluno nº 98).
António José Santos "Alcantarilha", ex-Aluno nº 124)
O que é mais curioso nesta "odisseia", que visa reencontrar ex-alunos da "Fragata"que até agora têm andado em parte "incerta", que este entusiasmo não só mobilize as nossas "hostes" mas que mobilize outras gerações, que de uma forma ou de outra estão indirectamente ligados a esta causa.
É o caso do filho de um ex-Aluno que, navegando na Net, lá descobriu o "Cesto da Gávea", e de imediato foi avisar o pai da surpresa que tinha encontrado.
Estabelecido o contacto com este ex-Aluno, viemos a verificar que se tratava do Jaime Afonso de Castro Sales Guerra, ex-Aluno nº 237. que entrou na "Fragata" em 28 de Janeiro de 1966 e saiu em 18 de Janeiro de 1971, tendo ingressado na Marinha Mercante. Actualmente está reformado mas, segundo o filho, continua a trabalhar.
Nesta "Lingada", soubemos também do paradeiro do António José Santos, ex-Aluno nº 124, mais conhecido pelo "Alcantarilha", com quem já mantive contacto, enviando-lhe algumas fotografias, respondendo ao seu lamento, porque dizia ter muita pena de não ter nenhuma foto sua do tempo da "Fragata".
Por intermédio do Sidónio ("Alentejano", ex-Aluno nº 384) vim a saber do paradeiro do Luís Torres, ex-Aluno nº 318 (do qual ainda não tenho foto) que reside em Setúbal, que manifestou bastante entusiasmo em saber notícias nossas e estar pronto para participar no IV Encontro Nacional dos Antigos Alunos da Fragata D. Fernando II e Glória, a realizar no dia 02 de Abril de 2011 a bordo da nossa "Fragata".
Como se pode verificar, e contrariando as expectativas iniciais, os "Putos da Fragata" estão a responder à chamada, o que revela um desejo imenso em recordar um pouco da sua infância e juventude, mas também reencontrar "velhos amigos" que as circunstâncias da vida os separou.
Como é óbvio, todos eles já fazem parte da nossa listagem, e no final do mês também irão receber correspondência alusiva ao nosso Grande Encontro.

Carlos Vardasca
(Braz, ex-Aluno nº 14)

domingo, 23 de janeiro de 2011

Derradeiro arriar da bandeira nacional a bordo da Fragata D. Fernando II e Glória

(...) Exemplos de extraordinária coragem e de abnegação verificaram-se a cada instante entre os que procuravam combater o fogo que devorava a vetusta nau – símbolo da Armada Portuguesa, com uma brilhante folha de serviços que, através dos anos, manteve sempre em evidência as tradições navais lusitanas.
Todos os esforços, infelizmente, resultaram infrutíferos; as chamas haviam-se apossado do antigo e belo navio, inteiramente construído de madeira de Teca, oriunda de uma parcela da terra portuguesa da Índia – das matas de Nagar-Aveli.
Os estaleiros de Damão produziram a maravilhosa obra de arte de engenharia naval que era a Fragata “D. Fernando”, digna de figurar num museu.
Há mais de um século, a bandeira das quinas jamais deixou de tremular à popa do formoso barco. Foi ontem arriada pela última vez. E tal aconteceu quando o navio ardia intensamente e as labaredas que o envolviam de proa à ré ameaçavam também queimar o glorioso pavilhão verde rubro. O fogo não o atingiu mercê do denodo e coragem de cinco homens – dois valentes das lides do rio, os mestres dos rebocadores “ Serra da Arrábida” e “Cabo de Sines”, respectivamente srs. Manuel Santos e Armando Guerra Branco e três decididos Bombeiros da corporação de Almada, srs. Alcino Lino, Henrique Graça Marques e João Teixeira.
Enfrentando temerariamente as labaredas, que crepitavam de forma apavorante em altas línguas rubras, os cinco homens, sufocados pela densa fumarada, correram à popa da Fragata animados do único propósito de salvarem das chamas a bandeira nacional.
E conseguiram-no, a despeito de todas as dificuldades que se lhes depararam.
Foi com grande emoção que os Mestres dos referidos rebocadores desceram a adriça para recolher o pavilhão, enquanto os três Bombeiros, que os secundaram nesta valente acção, esquecendo o perigo que os ameaçava de perto, se perfilaram em continência, prestando a última guarda de honra ao arriar da Bandeira de Portugal a bordo da histórica nau “D. Fernando” (...)
(transcrição do Diário de Noticias de 4 de Abril de 1963)
Nota: Artigo gentilmente cedido pelo actual Comandante da Fragata D. Fernando II e Glória, o Comandante de Mar e Guerra (Fuzileiro) José António de Oliveira e Abreu.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Mais um "Fragata" entre nós

Por intermédio do "Albufeira", vim a saber de mais um contacto de um "Fragata", mais concretamente do Joaquim José Nunes Pina, ex-Aluno nº 384 e que tinha como alcunha o "Pêra". Como morava aqui bem próximo de mim, hoje mesmo me encontrei com ele e fiquei a saber um pouco mais da sua vida.
O Joaquim Pina entrou para a "Fragata" em Outubro de 1959 e saiu em 1963 antes daquela NAU ter ardido.
Foi para a Marinha Mercante (em Outubro de 1963) como Ajudante de Cozinha, tendo embarcado nos navios "Kuanza", "Beira" e "Império", de onde saiu para ir para a tropa, tendo participado na Guerra Colonial em Angola. Regressado da guerra ainda embarcou no navio "Príncipe Perfeito", para depois se inscrever numa Companhia Americana, a COTANDRE, vindo a embarcar em dois navios de passageiros daquela Companhia; o "FERCIA" e o "FARIND", tendo andado por lá cerca de 10 anos.
Posteriormente, e como o chamaram para a SOPANATA, veio a embarcar nos seguintes navios desta Companhia; "Marofa", "Marão", "Montemuro", "Sameiro", "São Mamede", "Neiva", "Niza" e "Nogueira" onde andou 12 anos.
Como esta Companhia acabou em Portugal por ter sido vendida aos americanos, o Joaquim Pina ainda fez um contrato a bordo do navio "Funchal" em cruzeiros pelo Mediterrâneo, indo mais tarde para uma empresa marítima de transporte de automóveis durante quatro meses.
Antes de se reformar, ainda trabalhou durante 1 ano na LUSOPONTE, numa grua na Ponte Vasco da Gama.
Aqui fica este breve apontamento deste nosso companheiro que agora já faz parte da nossa listagem, e que se manifestou bastante satisfeito por vir, finalmente, a reencontrar alguns daqueles que na "Fragata" com ele conviveram e se fizeram amigos.
Que seja também ele bem-vindo "à nossa família".

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

"Aos poucos vão regressando ao cais"

Rogério da Costa Rodrigues, ex-Aluno da "Fragata" nos anos de 1959-1962
Costuma dizer-se que a "conversa é como as cerejas". Atrás de uma conversa sucedem-se outras, entrando-se por vezes num diálogo sem fim à vista. Com os "Fragatas" a coisa parece correr de igual forma, dado que quando um "dá à costa" de seguida aparecem outros tantos. Foi o caso do Rogério da Costa Rodrigues (na foto) que recentemente veio engrossar as nossas fileiras, tendo contactado comigo depois de tanta pesquisa para encontrar algo sobre a "Fragata" e finalmente encontrar o nosso blogue na Internet.
De imediato entrei em contacto telefónico com ele, encetando um diálogo bastante interessante à mistura com um pequena história que me contou (de entre outras tantas que diz ter para contar).
Recebi também, por intermédio do Quintino, o contacto de um outro ex-Aluno, o Manuel José Santos António (mais conhecido por "Manta Rota") do qual ainda não tenho foto sua. Adianto no entanto que foi Sargento Mor na Marinha de Guerra, encontrando-se neste momento na situação de reformado, aliás, como quase todos nós nesta fase da "nossa longa juventude".
Ambos os contactos já estão introduzidos na listagem, para que algum ex-Aluno que tivesse convivido com eles mais de perto os possa contactar, e recordar alguns momentos vividos naquela "Velha Nau" de quem todos nós nos sentimos "órfãos". A todos eles e aos seus familiares, lá os esperamos a bordo da "Fragata" no dia 02 de Abril de 2011, para mais um dia de encontro e de confraternização.
Carlos Vardasca
(Braz, ex-Aluno nº 14)

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Mais um Fragata que "deu à costa"

Vitor Manuel Gomes Santos, ex-Aluno nº 29 ("Albufeira"). Tirada no Corpo Santo, antes de a "Fragata" arder em 03 de Abril de 1963. Lisboa 1962
Nesta fotos estão o "Moçambique", o Luís e o Vitor Santos ("Albufeira") Setúbal 1963.
De pé, da esquerda para a direita: "Maria Alice", Rocha, Zé António ("115"), Leirosa, Algarvio?, Porto Dário e Luís. Em baixo, da esquerda para direita: Tó Russo, Zezinho, "Moçambique", Nazareno e Vitor Santos (Albufeira). Equipa que defrontou a Casa do Gaiato de Setúbal no ano de 1963.
Cartão de participante no Torneio Popular de Futebol de Salão, organizado pelo Vitória Futebol Clube (Setúbal) no ano de 1963. Setúbal 1963.

Tinha eu acabado de colocar no blogue as fotos do José Manuel Quintino Pereira ("Albufeira") quando recebi um mail do Vitor Manuel Gomes Santos, ex-Aluno nº 29 da "Fragata" (também ele de alcunha o "Albufeira") que teve a gentileza de me enviar fotos suas, algumas delas verdadeiras "relíquias, que decerto irão enriquecer o nosso arquivo e acrescentar algo mais à nossa história que todos estamos a tentar reconstruir.
Em conversa telefónica com ele, disse-me que sabe do paradeiro de outros ex-Alunos e que em breve me enviará os seus contactos, que irão engrossar a já vasta listagem que vemos "crescer" todos os dias.
Carlos Vardasca
(Braz, ex-Aluno nº 14)

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Aos poucos os "Fragatas" vão aparecendo

José Manuel Quintino Pereira ("Albufeira", ex-Aluno nº 454) 1961
Da esquerda para a direita: "Monção" José Manuel Quintino, Simão e Floriano. Terreiro do Paço. Lisboa 1961

Recebi hoje mesmo correspondência do José Manuel Quintino Pereira (ex-Aluno nº 454), mais conhecido pelo "Albufeira" que me enviou duas fotos para colocar nestas páginas. Uma delas é uma foto sua (tipo passe) tirada em 1961, e uma outra onde ele está na companhia do "Monção" (de quem não se sabe do seu paradeiro) do Simão e do Floriano, tirada no Terreiro do Paço (Lisboa) em 1961.
Se por acaso algum ex-Aluno estiver a pesquisar na net e abrir este blogue, agradecia que nos contactasse enviando os seus contactos, dado que estamos prestes a anunciar a realização do IV Encontro Nacional dos Antigos Alunos da Fragata D. Fernando II e Glória que se irá realizar a bordo da "Fragata" no dia 02 de Abril de 2011, no sentido de também poderem receber a convocatória que irá ser enviada para todos no final deste mês de Janeiro.
Carlos Vardasca
(Braz, ex-Aluno nº 14)

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Fotos com história

Familiares de alunos de visita à "Fragata", posam para a foto. 1956.
Bilhete de Identidade de José Moreira Alves ("Gorila") aluno nº 182 da Fragata D. Fernando II e Glória. 1955-1956.
O Almirante Nuno Brion oferece uma caneta ao aluno nº 241, Fernando Jorge Assis Cláudio ("Pedrada") a bordo da Fragata D. Fernando II e Glória. Natal de 1961

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

"Em nome de todos nós"

Companheiros e amigos
Em nome de todos nós e dos que não estão presentes nas fotos, envio-vos o texto do e-mail que tomei a liberdade de enviar aos autores do blogue “Escola de Fuzileiros”, respondendo desta forma a um artigo seu ali publicado, onde classificavam todos os ex-alunos da “Fragata” de corrécios, conforme texto que se reproduz em baixo.
Um abraço a todos
Carlos Vardasca


Caros amigos
Por casualidade, li o vosso blogue, e encontrei lá este texto se segue em sublinhado em baixo, e que só pode ter sido escrito por pessoas mal formadas e desconhecedoras da realidade social que se vivia naquela época, ao pretenderem generalizar comportamentos que só podem existir em mentes mal intencionadas.

(…) A Fragata D. Fernando II e Glória era uma casa de correcção. Por isso se chamavam correços (ou corrécios) aqueles que lá eram internados para serem educados e perderem os vícios e maus hábitos da adolescência. Ás vezes isso acontecia. Mas muitas vezes acontecia também que putos inocentes iam lá parar e de lá saíam piores do que tinham entrado. São as contingências da vida. No grupo de voluntários que fizeram a recruta comigo havia três destes rapazes que escolheram alistar-se na Marinha de Guerra para poder dizer adeus à Fragata. Todos eles foram comigo para Moçambique e se tornaram grandes amigos meus. Dos três em questão quis a sorte que ainda só tivesse conseguido reencontrar um deles, o Valter. Dos outros dois, um vive em Albufeira e o outro no Canadá. Um dia destes voltarei a reencontrá-los também, é tudo uma questão de tempo.
Alguns anos mais tarde a Fragata pegou fogo e ardeu até ao casco. Disseram, nessa altura, as más línguas que foram os putos, lá internados, que lhe chegaram fogo para se verem livres do cativeiro, a meio do Tejo. Seria? (...)
Publicada por TINTINAINE em
11:48

Em nome de todos os ex-Alunos da "Fragata", gostaria de clarificar e rectificar algumas questões.
1. A “Fragata” não era nenhuma casa de correcção mas sim uma Instituição denominada “Obra Social da Fragata D. Fernando II e Glória, que recebia crianças oriundas de famílias extremamente carenciadas.
2. A exemplo da Casa Pia, (um dos melhores colégios do país, onde nem todos os alunos foram violados nem eram pedófilos) na “Fragata” dos vários alunos que ali foram internados, das mais variadas origens, é natural que o comportamento de alguns não fosse o mais correcto, o que aliás acontece na totalidade dos colégios espalhados por todo o país, tal como na Marinha, no exército, nas empresas, na sociedade em geral e até nas nossas famílias.
3. Tendo em conta a pobreza que grassava no país naquela época, praticamente a maioria dos seus alunos eram de famílias pobres e, por esse facto, ali os internaram para, por um lado, protegerem os seus filhos da miséria em que viviam, mas também para que ali recebessem uma instrução adequada e se tornarem homens úteis à sociedade, sociedade essa que os tinha marginalizado.
4. Na grande maioria dos ex-alunos da “Fragata”, para além daqueles que não conseguiram singrar na vida (que são muito poucos) podemos encontrar hoje (embora já reformados) excelentes, respeitáveis e competentes Oficiais da Marinha de Guerra, Comandantes da Marinha Mercante, 1ºs e 2ºs Oficiais de Máquinas da frota pesqueira do bacalhau, Chefes de Cozinha, Sociólogos, Advogados, Cozinheiros, Pedreiros etc., todos eles com uma profissão digna, útil, necessária e imprescindível à sociedade em que vivemos.
5. Como ex-aluno que fui da “Fragata”, orgulho-me de por lá ter passado e me terem facilitado a aprendizagem que recebi, tal como as “ferramentas” que ali adquiri e que me proporcionaram ser o homem que sou hoje.
6. Fui enviado para a “Fragata”, não porque fosse algum “corréçio” mas porque no colégio onde estava viram que já não evoluía mais nos estudos e tentaram “abrir-me novos horizontes”. O que de facto aconteceu. Fui de facto para a Marinha Mercante, depois para a Guerra Colonial
http://dotejoaorovuma-cabel.blogspot.com e voltei a estudar, tendo ingressado no ensino superior, mais concretamente no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP) no Curso de Sociologia do Trabalho.
7. Só por desconhecimento ou má intenção é que se diz “que foram os putos que deitaram fogo à “Fragata” para se “livrarem do cativeiro, a meio do Tejo”, o que só revela ignorância de quem o escreve, dado que ficou mais que provado que foi um operário que procedia à reparação na caldeira que provocou o incêndio.
Caros amigos. Por agora fico-me por aqui, aproveitando a oportunidade para vos pedir, se souberem do contacto de algum ex-aluno da “Fragata” que mo enviem, pois estou a recolher o máximo de contactos possíveis para a organização do IV Encontro Nacional dos Antigos Alunos da Fragata D. Fernando II e Glória, a realizar no dia 02 de Abril de 2011, Encontro esse que se irá realizar a bordo da nossa “Velha NAU”, assim como, se o quiserem, consultem o nosso blogue
http://cestodagavea-cabel.blogspot.com
Um abraço
Carlos Vardasca
ex-Aluno nº 14
da Fragata D. Fernando II e Glória