O "Tarzan" (assinalado com uma cruz na testa) a bordo da Fragata, na companhia do outros alunos. Em primeiro plano pode ver-se o Júlio Duarte ("Estudante").
Já há muito que perseguíamos este objectivo. Depois daquela notícia vinda no "Correio da Manhã", onde se descreviam as condições de vida muito precárias em que vivia este nosso companheiro, ex-Aluno da "Fragata", ficámos deveras preocupados, e onde foram efectuadas várias diligências para se saber do seu paradeiro.
Depois de tanta persistência, e sem sequer esperarmos por este "desenlace", ele também acabou, e de uma forma tão natural por "dar à costa" e finalmente juntar-se a esta "grande guarnição de ex-Alunos da Fragata, que para nossa grande satisfação vai crescendo todos os dias.
Hoje mesmo ele contactou comigo, respondendo a uma mensagem que lhe deixei no telemóvel. Ficou muito entusiasmado com a ideia da realização do Encontro dos Antigos Alunos, e até manifestou a intenção de contactar com outros quatro antigos alunos que diz conhecer o seu paradeiro (entre os quais diz estar aquele que ficou bastante queimado no incêndio da Fragata; e que nós pensamos ser o "Joãozinho").
Hoje mesmo ele contactou comigo, respondendo a uma mensagem que lhe deixei no telemóvel. Ficou muito entusiasmado com a ideia da realização do Encontro dos Antigos Alunos, e até manifestou a intenção de contactar com outros quatro antigos alunos que diz conhecer o seu paradeiro (entre os quais diz estar aquele que ficou bastante queimado no incêndio da Fragata; e que nós pensamos ser o "Joãozinho").
Embora todos os ex-Alunos que vamos encontrando todos têm a mesma importância no reatar do seu contacto, o "Tarzan" ou "Caminha" conforme era conhecido o José Manuel Barbosa Lopes, reveste-se de especial importância para mim, porque no dia do incêndio da Fragata foi ele que se atirou às águas do Tejo e me salvou de morrer afogado. Por este gesto (igual a tantos outros efectuados por outros ex-alunos naquele dia trágico) há muito que lhe quero dar um grande abraço, o que estive impossibilitado de o fazer devido ao seu paradeiro ser desconhecido durante alguns anos e o seu contacto ser bastante difícil. Agora, que a sua vida parece felizmente já estar "reencaminhada" e ter finalmente "dado à costa", irei ter um imenso prazer em o abraçar, pois é a única forma que tenho para o recompensar por ter tido aquele gesto tão nobre e de certa forma heróico, e de ter contribuído para que, passados que são cerca de 50 anos eu continuar entre vós e o poder finalmente abraçar.
Carlos Vardasca
(Braz, ex-Aluno nº 14)
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