Cesto da Gávea: maio 2023

quarta-feira, 17 de maio de 2023

Finalmente encontrámos o “Zé Nabo”
Foi em boa hora que iniciámos esta aventura já há alguns anos. De início tínhamos apenas três contactos que eram antigos alunos da Fragata D. Fernando II e Glória com quem nos contactávamos com alguma regularidade, mas continuávamos a não saber do paradeiro dos restantes, que durante vários anos os fomos recuperando. Através de muita insistência e até de alguma “teimosia”, felizmente temos hoje uma Listagem Geral que conta já com cerca de duzentos antigos alunos, o que muito nos orgulha termos iniciado esta procura. À medida que íamos sabendo do contacto de alguns antigos alunos, foi com grande satisfação que os contactávamos para saber como estavam e foi a partir daí que iniciámos a organização dos nossos Encontros Nacionais. É óbvio que para nós, todos eles tiveram a mesma importância ao fazerem parte “da nossa guarnição” e é com grande pena que alguns já não estejam entre nós. O facto de já termos encontrado o “Zé Nabo” prende-se de especial importância, porque se tratou de uma luta para sabermos do seu paradeiro que já tem 10 anos e que se concluiu, finalmente com êxito. Como é que soubemos do seu paradeiro? Após vários anos de pesquisa, finalmente a Comissão Organizadora dos Encontros Nacionais decidiu ir à Capitania do Porto de Lisboa, e aí consultámos as várias listagens do pessoal embarcado na Marinha Mercante e, na listagem dos embarcados no navio “Santa Maria” finalmente encontramos o seu nome e o respectivo endereço. O Augusto José de Almeida Santos (de alcunha “Zé Nabo”) foi antigo aluno da Fragata com o nº 16 tendo entrado em 3 de Abril de 1963 e saído no ano de 1967. Para quem se recorda dele, era um exímio jogador de futebol que representou a equipa da nossa Fragata nos torneios de Futebol de Salão, organizados pelo Vitória Futebol Clube em Setúbal nos anos 60, equipa de que alguns de nós tivemos o privilégio de fazer parte. Após ter saído da Fragata em 1967, foi para a Escola Profissional de Pesca em Pedrouços, onde pretendia tirar a carta de pescador com o intuito de escapar à mobilização para a guerra colonial mas, como não lhe agradou o seu futuro naquela Escola por achar a profissão muito dura, acabou por ir par a Marinha Mercante tendo embarcado no navio “Santa Maria” onde apenas fez duas ou três viagens e, por esse facto, foi incorporado no exército e enviado para a guerra colonial, mais propriamente para Angola. Estamos neste momento a encetar contactos com ele para sabermos se pretende ir ao nosso XIII Encontro Nacional a realizar no próximo dia 20 de Maio na cidade do Barreiro.

Que seja bem-vindo à nossa “guarnição”.